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Física das Explosões Solares.
Sobre a superfície visível do Sol acontece um grande número de eventos de características explosivas por sua breve duração, variedade de manifestações e energia liberada. As explosões solares são os episódios mais energéticos que podemos observar. Embora não representam perigo para a vida na Terra, produzem distúrbios no espaço exterior que afetam os satélites artificiais.
Meu interesse é principalmente compreender como acontecem estas explosões, suas causas e sua dinâmica. Trabalho com observações de rádio telescópios que observam em frequências desde alguns GHz como o Owens Valley Solar Array até as centenas de GHz de nosso Solar Submillimiter Telescope e mais recentemente com o Atacama Large Millimeter Array. Também com observações de raios-X (RX) obtidas por satélites artificiais como RHESSI o os da série GOES da NOAA e imágens no ultravioleta (UV) do EIT o do TRACE. Complementamos as análises com dados de telescópios em Terra com filtros Hα, magnetogramas, etc.
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Instrumentação Rádio-astronômica.
Trabalho com telescópios que possuem uma única antena, mas com diversos receptores formando um arranjo focal, isto permite localizar onde acontece o máximo de emissão e a extensão da fonte brilhante. Esta técnica é chamada Multibeam. O movie desta página foi criado projetando as seis cornetas do SST sobre o disco solar (os seis círculos brancos), aqui representado por um mapa obtido na frequência de 212 GHz em cores artificiais (nesse dia o sol não mostrava regiões ativas). Ao se mover a Terra respeito do Sol em seu giro diário, as cornetas mudam sua posição relativa.
Nos últimos anos estou colaborando muito ativamente com o Large Latin American Millimeter Array (LLAMA) um rádio-telescópio semelhante ao Atacama Pathfinder Experiment (APEX), mas de múltiplos propósitos, e que será instalado a 4825 m sobre o nível do mar e operará nas frequências de 45 a 700 GHz. -
Análise de Séries Temporais.
Grande parte das observações que devemos analisar são séries temporais, ou seja valores registrados ao longo do tempo. Nosso interesse está em achar as variações periódicas ou semi-periódicas presentes nos dados, para isso utilizamos técnicas de deconvolução em harmônicos que vão da clássica Análise de Fourier às ondeletas ou wavelets.
Por outro lado, toda observação está misturada com interferências que chamamos genericamente ruido. A determinação do nível de ruido é fundamental e para isso aplicamos desde técnicas clássicas até a mais ou menos moderna Análise Probabilística Bayesiana.